A artrose do tornozelo (ou desgaste da articulação do tornozelo) é uma doença degenerativa, progressiva e muitas vezes incapacitante, devido ao quadro de dor e perda do movimento da articulação. Este desgaste pode ocorrer após uma fratura do tornozelo ou do pilão tibial; pode ser decorrente de uma lesão ligamentar do tornozelo com instabilidade crônica e também pode ser devido a doenças reumáticas ou metabólicas, como, por exemplo, a gota e o diabetes.
Nos estágios finais da doença, o tratamento de escolha é o cirúrgico, sendo que, no Brasil, o mais realizado é a fusão do tornozelo, também chamada de Artrodese (deixar o tornozelo duro), o que alivia a dor e permite que o paciente possa voltar a caminhar melhor.
Atualmente, uma outra opção de cirurgia é a Prótese de Tornozelo, como ocorre em outras articulações, como o joelho, quadril e ombro, já bastante difundida em outros países (Estados Unidos, Europa e alguns países da América latina), mas que no Brasil ainda existem poucos procedimentos realizados.
Nesta semana, o serviço de Ortopedia do Hospital Viver, coordenado por Dr Rogério Bitar, realizou com sucesso esta cirurgia (prótese de tornozelo) em um paciente da cidade de Rio Claro. Dr Rogério Bitar que é especialista em Pé e Tornozelo e que realizou a cirurgia junto com a sua equipe, refere que este procedimento exige um treinamento específico do cirurgião (inicialmente em espécimes anatômicos e depois em serviços credenciados) e que a curva de aprendizado é longa, motivo pelo qual ele irá realizar um estágio com duração de 1 ano no Hospital for Special Surgery de Nova Iorque, a partir de dezembro deste ano, onde se realizam uma média de 150 próteses de tornozelo por ano.
Apesar da complexidade do procedimento, ele refere que a cirurgia foi muito bem-sucedida e que agora precisamos aguardar a pronta recuperação funcional do paciente, o que, ao contrário da cirurgia de fusão, permitirá que o paciente restabeleça o movimento do tornozelo e fique sem dor.